Bruxas - O Poder Ancestral da Terra que Resiste ao Tempo
- Lua contato@nacasadabruxa.com.br
- 3 de out.
- 3 min de leitura
As bruxas sempre existiram!

Muito antes da palavra ser associada ao medo, à perseguição ou à caricatura, elas eram mulheres de saber profundo, guardiãs da Terra e da vida. Conhecimentos sobre ervas, ciclos da natureza, curas e rituais eram transmitidos de mãe para filha, de geração em geração, formando uma linhagem invisível, porém enraizada no feminino e na espiritualidade da Terra.
Esse poder ancestral, íntimo, natural e comunitário, foi silenciado por séculos. Com o avanço da Igreja e do controle sobre os corpos e a fé, práticas de cuidado e magia foram ocultadas, demonizadas e, muitas vezes, cruelmente perseguidas. O que antes era visto como cura, respeito à natureza e conexão com o invisível, passou a ser condenado como heresia. Assim, uma herança preciosa precisou ser escondida, guardada em símbolos, gestos e memórias.
Hoje, em pleno século XXI, ainda há quem desacredite ou ridicularize essas medicinas e magias. Muitas vezes, elas são banalizadas, esvaziadas de sua essência. Mas também vivemos um momento de reencontro. Com o olhar da ciência moderna, entendemos que o que chamamos de "magia" não era apenas superstição: são práticas de cuidado integrativo, terapias naturais, saberes que dialogam com o corpo, as emoções e o espírito. A cada dia cresce o número de pessoas que buscam nas ervas, nos rituais, na astrologia e nos conselhos espirituais um caminho de cura e equilíbrio (não só físico, mas também emocional e energético).
Mas ser bruxa vai além de curar e aconselhar. É também uma jornada de autoconhecimento profundo. A magia nos convida a olhar para dentro, a reconhecer nossas sombras e nossas luzes, a compreender que ambas fazem parte da mesma essência. O verdadeiro poder não está em negar a sombra, mas em ter a coragem de mergulhar nela, de enfrentar medos, dores e feridas que muitas vezes preferimos negar e ocultar. É no encontro com essas partes esquecidas de nós mesmas que nasce a verdadeira transformação.
Dominar não no sentido de controlar, mas de integrar: aceitar quem somos por inteiro, com nossas contradições, limites e potências. O caminho da bruxa é o caminho de quem ousa olhar para si mesma sem máscaras, de quem entende que a luz só existe porque a sombra a revela. Essa coragem de ir fundo, de não se contentar com respostas superficiais, é o que diferencia a magia vivida da magia apenas teorizada.
Ser bruxa não é apenas estudar livros ou decorar rituais. A magia não se explica em palavras: ela é vivida. Está no gesto de preparar um chá para acalmar, no ritual de acender uma vela com intenção, no respeito às fases da Lua, no silêncio de ouvir a Terra e os ventos. É uma experiência que se sente, que se move, que conecta o visível ao invisível.
As bruxas de hoje resgatam esse fio ancestral, não para voltar ao passado, mas para trazer à luz um saber que sempre foi atual: o de que somos parte da Terra e dela vem nossa força. Magia é vida em movimento, é espiritualidade vivida no cotidiano.
Seja você quem for, carregamos dentro de nós a herança das bruxas: a sabedoria silenciosa, o olhar que enxerga além, a coragem de mergulhar no desconhecido.A magia não está fora — ela pulsa em cada respiração, em cada gesto de cuidado, em cada escolha consciente.
O chamado das bruxas é, antes de tudo, um chamado para si mesma:
Enfrentar a sombra.
Honrar a luz.
Reconhecer-se como parte da Terra.
E, ao viver essa verdade, permitir que a magia floresça em cada instante da vida.


Comentários